DEPUTADOS APRESENTAM CANDIDATURAS À MESA DIRETORA DA CÂMARA; ELEIÇÃO SERÁ NESTA QUARTA


Deputados apresentaram na noite desta terça-feira (2) suas candidaturas para os cargos da Mesa Diretora da Câmara. A eleição está marcada para as 10h desta quarta (3).

 

A primeira votação foi anulada pelo recém-eleito presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Um dos líderes do "Centrão", Lira anulou a votação alegando que o bloco de Baleia Rossi (MDB-SP), principal adversário dele na disputa pela presidência da Câmara, foi formalizado após o prazo.

 

A divisão das vagas na Mesa Diretora é feita conforme o tamanho dos partidos ou blocos. Quanto maior a bancada, maior o número de vagas a que terá direito.

 

Os candidatos à Mesa são indicados pelos partidos, mas o regimento interno da Câmara permite candidaturas avulsas, isto é, sem o apoio de partidos.

 

Nesta terça-feira, no entanto, líderes partidários disseram que o acordo prevê somente candidaturas oficiais. Portanto, a expectativa entre os deputados é que os nomes avulsos sejam indeferidos.

 

Arthur Lira adia para a quarta (3) a eleição da mesa diretora da Câmara


Arthur Lira adia para a quarta (3) a eleição da mesa diretora da Câmara

 

OS CANDIDATOS


Saiba quais deputados se lançaram candidatos a cargos na Mesa Diretora da Câmara:

 

Primeiro vice-presidente: Marcelo Ramos (PL-AM) - candidato oficial;


Segundo vice-presidente: André de Paula (PSD-PE) - candidato oficial / Delegado Éder Mauro (PSD-PA) - candidato avulso / e Júlio César (PSD-PI) - candidato avulso;


Primeiro secretário: Luciano Bivar (PSL-PE) - candidato oficial / Léo Motta (PSL-MG) - candidato avulso;


Segundo secretário: Marília Arraes (PT-PE) - candidata oficial / João Daniel (PT-SE) - candidato avulso / Paulo Guedes (PT-MG) - candidato avulso;

Terceiro secretário: Rose Modesto (PSDB-MS) - candidata oficial / Cássio Andrade (PSB-PA) - candidato avulso / Júlio Delgado (PSB-MG) - candidato avulso;


Quarto secretário: Rosângela Gomes (Republicanos-RJ) - candidata oficial.

 

Candidatos a suplentes de secretário:

 

Vaga do PDT: Eduardo Bismarck (PDT-CE);


Vaga do DEM: Alexandre Leite (DEM-SP);


Vaga do bloco de Arthur Lira: Gilberto Nascimento (PSC-SP) - candidato oficial / Bibo Nunes (PSL-RS) - candidato avulso;


Vaga do PSB: Rose Modesto (PSDB-MS), Cássio Andrade (PSB-PA) e Marcelo Nilo (PSB-BA).

 

VOTAÇÃO ADIADA


Inicialmente, a votação para os cargos da Mesa estava prevista para o dia 1º, mas foi adiada por Arthur Lira para esta terça (2). Depois, a eleição foi adiada para quarta-feira (3).

 

O parlamentar do PP anulou a eleição para os cargos da Mesa e desintegrou o bloco de dez partidos formado para apoiar Baleia Rossi (MDB-SP).

 

A decisão de Lira fez com que, na prática, partidos como o PT perdessem vagas consideradas mais prestigiadas.

 

O PDT chegou a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a suspensão do ato de Lira.

 

Para contornar a situação, o novo presidente da Câmara cedeu e topou fazer um acordo para redistribuir as vagas. O PDT, então, desistiu da ação no STF.


ACORDO PELA CCJ


Apesar de a bancada do PSL viver uma crise interna, a indicação de Luciano Bivar para a primeira secretaria da Mesa foi possível após uma negociação que prevê que o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma das mais importantes da Câmara, fique com a deputada Bia Kicis (PSL-DF), de outra ala do partido.

 

Rachada, a sigla é dividida entre os que apoiam o presidente Jair Bolsonaro e os que apoiam Bivar, presidente da legenda. A ala bolsonarista cogitou lançar um nome para a primeira secretaria, mas desistiu. Apesar da negociação, o deputado Leo Motta (PSL-MG) apresentou candidatura, que ainda precisará ser confirmada pela Secretaria-Geral da Mesa.

 

Pela CCJ, passam todas as propostas em tramitação pela Câmara e no grupo que são analisados os aspectos constitucionais dos textos.

 

Deputada de primeiro mandato e aliada de Bolsonaro, Bia Kicis é uma das parlamentares investigadas em inquérito aberto pelo STF para investigar atos antidemocráticos.

 

Parlamentares da ala bolsonarista afirmam que o acordo deve garantir um segundo ano do PSL na presidência da CCJ. O deputado Vitor Hugo (PSL-GO) é o nome cotado para assumir o cargo. Além disso, a presidência de outros três colegiados permanentes e da Comissão Mista de Orçamento (CMO) em 2022 podem entrar no acordo.


Do G1

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