
Policiais
militares estão proibidos de postar fotos de ações em suas redes sociais particulares
e de concederem entrevistas sobre ocorrências ou 'fatos de natureza negativa'
em Pernambuco
O Comando Geral da Polícia
Militar de Pernambuco publicou, na última terça-feira (24), uma portaria
normativa que proíbe os integrantes da corporação fazerem divulgação de imagens
de suspeitos em ocorrências policiais em redes sociais. "As imagens a
serem fornecidas devem mostrar, apenas, o material apreendido durante a ação
policial militar, com respectivo banner institucional, e o local do fato a ser
noticiado", diz o texto. As fotos, no entanto, não podem ser
compartilhadas em redes sociais particulares dos militares.
Entrevistas sobre
ocorrências ou "fatos noticiosos de natureza negativa" também estão
vetadas. Segundo o texto publicado no site da corporação, a partir de agora a
responsabilidade de divulgar as informações passa a ser da 5ª Seção do
Estado-Maior Geral, De acordo com a portaria, ocorrências ou fatos policiais
militares negativos "são aqueles que repercutem na sociedade como
vexatórios, escandalosos ou que denigrem a atividade policial militar e os seus
integrantes".

Segundo a publicação, os
comandantes de Organizações Militares Estaduais, subordinados à 5ª Seção, estão
autorizados a fornecer apenas informações jornalísticas “sobre ocorrências
policiais positivas e neutras”.
A determinação tem sido
criticada pelo presidente da Associação de Praças dos Policias e Bombeiros
Militares de Pernambuco (Aspra), José Roberto Vieira. Ele afirma que a norma
fere princípios constitucionais.
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