PARA-BRISA NO OVAL: ENQUANTO A F1 VAI DE HALO, INDY TESTA O WINDSCREEN EM PHOENIX

Obrigatório na Fórmula 1 e na Fórmula 2 a partir desta temporada, o halo ainda causa estranheza entre os fãs do esporte a motor. De olho também no aspecto estético, a Fórmula Indy testou na noite desta quinta-feira, no oval de Phoenix, uma alternativa para a proteger os cockpits de seus carros. Coube ao neozelandês Scott Dixon, quatro vezes campeão da categoria, avaliar o windscreen (para-brisa, numa tradução literal). A peça tem um centímetro de espessura e cobre a frente do cokpit, na altura do capacete. Os testes foram realizados entre o entardecer e a noite, para considerar as diferentes condições de luz e eventuais reflexos.
                                                                        
- É um pouco diferente pilotar olhando através de algo tão grosso. Achei que haveria um pouco mais de distorção, mas não há nada. Sem problemas com reflexos, também. Mas a coisa mais estranha é o quão silencioso isso se torna, pois você não está mais de cara para o vento. O carro é muito suave, é como se você estivesse guiando um carro de luxo disse Dixon.


O material utilizado na proteção testada no carro da equipe Ganassi é similar aos dos aviões caça, que aguenta grandes impactos e também a pressão do ar em grandes velocidades. O fluxo de ar, aliás, é um dos pontos que devem ser trabalhados no desenvolvimento da peça. Segundo Dixon, a ausência de parte do ar frontal está causando um aquecimento precoce do carro.


- Precisamos de um pouco de resfriamento, porque não temos o fluxo de ar completo sobre o carro. Definitivamente, podemos melhorar, mas a Indy fez um grande trabalho. Espero que encontremos mais soluções frisou o piloto da Ganassi.


Se no oval a distorção foi mínima, ainda há uma preocupação com relação aos circuitos mistos, especialmente os de rua. Nestas pistas, as ondulações são muito intensas, o que pode atrapalhar os pilotos. Ao menos, um dos principais problemas já foi solucionado antes de ir para a pista, ainda nos testes do simulador: a perda de visão periférica, algo bastante importante nos ovais. A solução encontrada pela categoria foi regular a altura da parte lateral da proteção.


A Fórmula 1 chegou a testar uma solução semelhante em 2017: o aeroscreen, criado pela RBR. Até a Ferrari fez uma avaliação da peça, mas o alemão Sebastian Vettel, que estava ao volante, reclamou. Segundo o tetracampeão mundial, a peça causava distorção e o deixava enjoado. Semanas depois, a FIA determinou a obrigatoriedade do halo em todos os carros a partir de 2018. A temporada 5 da Fórmula E, que começa no fim de 2018, terá um chassi futurista. O novo modelo da categoria de carros elétricos já foi projetado com o halo.
Fonte : ge

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