MAIS CARO DA COPA, MANÉ GARRINCHA SOFRE COM ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Quase cinco anos após a construção para receber a abertura da Copa da Confederações e sete jogos da Copa do Mundo do Brasil, o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha sofre com a falta de conservação. Sem uma agenda fixa de jogos, a arena mais cara do mundial, com custo estimado em cerca de R$ 1,5 bilhão, apresenta problemas de manutenção.

Em um rápido passeio pelas instalações durante a partida entre Nova Iguaçu e Flamengo, neste domingo, a reportagem do GloboEsporte.com identificou que a arena, nem de longe, lembra mais o estádio com padrão de Copa do Mundo. Os problemas começaram do lado de fora, onde os torcedores tiveram que encarar grandes filas para conseguir entrar no estádio somente quatro portões foram abertos para o acesso do público. O primeiro tempo da partida já estava rolando e muita gente ainda não tinha conseguindo passar pelos portões, o que fez com que a segurança deixasse algumas pessoas entrarem sem fazer a revista.


Após entrar no Mané, o público encontrou banheiros com luzes apagadas, sem lixeiras, pias com torneiras quebradas, bares fechados e grades impedindo a circulação na parte inferior. No anel superior, que não foi aberto ao público nesta partida, foram encontrados mais problemas: arquibancadas sujas, vidros quebrados e falta de cadeiras na tribuna de imprensa (veja abaixo mais fotos dos problemas encontrados no Mané Garrincha).


Ao fim do jogo, a segurança da partida ainda apresentou falhas ao não conseguir impedir a invasão de vários torcedores ao campo.


Os problemas do Mané não acabam por aí. Em 2017, por conta do impedimento dos jogos do Campeonato Brasileiro serem disputadas fora dos estados de origem dos clubes, o principal estádio da capital federal ficou quase nove meses sem uma partida oficial. A arena só foi receber um jogo no dia 21 de janeiro deste ano, no confronto entre Brasiliense e Real, pelo campeonato candango. Apesar da reabertura, o Mané Garrincha, que tem capacidade para 72 mil torcedores, recebeu apenas 988 pagantes.


Ainda durante o ano de 2017, sem ter partidas de futebol, a arena recebeu uma conta milionária de água de R$ 1,1 milhão. O valor se refere ao mês de junho, e foi gerado por conta de uma "ligação indevida" (leia mais no G1 DF).


Segundo a Secretaria de Estado do Esporte, Turismo e Lazer do Distrito Federal, administradora do estádio, os problemas de fila, torcedores entrarem sem revista, bares fechados e invasão de campo são de responsabilidade da organização da partida. Sobre a torneira e vidros quebrados, o órgão não nega que podem ser encontrados problemas como esses no estádio, porém, ressaltou que também há a possibilidade de terem sido depredações praticadas durante o jogo deste domingo.


Segundo a organização da partida, os problemas operacionais estão sendo estudados para se saber os motivos de terem ocorrido. Sobre as grandes filas formadas para entrar no estádio, a organização explicou que elas ocorreram porque muitos torcedores deixaram para chegar de última hora e que não tem o conhecimento sobre o público ter entrado sem revista.

Licitação para administração do Mané


Com tantos problemas, o Mané Garrincha entrou no processo de licitação público privada da Arenaplex que além do Mané, conta com o ginásio Nilson Nelson e o complexo aquático Cláudio Coutinho. Mas a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) suspendeu o edital no último dia 29, e deve reabrir o processo ainda neste mês de fevereiro (leia mais no G1 DF).


O próximo marcado para o Mané Garrincha ocorre nesta terça-feira, às 20h15 (de Brasília), entre Brasiliense e Oeste-SP, pela Copa do Brasil. 
Fonte : ge



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