BI DA INDY 500, FITTIPALDI PREVÊ EMOÇÕES COM O NETO NO OVAL: "VAI SER MUITO FORTE"

O anúncio de que Pietro Fittipaldi disputará parte da temporada da Fórmula Indy em 2018 mexeu com um dos torcedores mais famosos do jovem brasileiro: seu avô Emerson Fittipaldi, campeão da categoria em 1989. Dono de duas vitórias no lendário oval de Indianápolis (1989 e 1993), o ex-piloto confessou ao GloboEsporte.com que a emoção vai falar mais alto no momento em que o neto alinhar o carro da Dale Coyne Racing para disputar sua primeira Indy 500, uma das sete corridas que o piloto de 21 anos disputará na categoria neste ano.



- A Indy 500 é uma prova que carrega toda uma história, desde 1911, tem muita tradição. Correr em Indianápolis é espetacular, e eu vou ficar muito emocionado ao ver o Pietro lá. Eu sinto isso com o Pietro, com o Enzo (o outro neto, que corre na F4 Italiana) e também com meu filho de dez anos que está correndo de kart, o Emmo. Nessa hora não posso ser avô, pai. Tenho que ser o técnico. Aí eu esfrio, analiso a corrida, mas de vez em quando o avô e o pai entram em cena e eu balanço. Então respiro e volto a ser o técnico. Mas, na hora da largada, não tem jeito. É o coração do pai, do avô. Vai ser muito forte garante Emerson.


Atual campeão da Fórmula V8, categoria que foi extinta ao fim de 2017, Pietro ainda mira a Fórmula 1, e garante que segue em negociações para ingressar na categoria. Mas admite que competir nas 500 Milhas de Indianápolis é um sonho de infância que ele, enfim, realizará. Filho de pais brasileiros, o piloto foi criado nos Estados Unidos e acompanha as categorias norte-americanas desde criança.

- No teste que fiz em Sebring já tinha um monte de gente assistindo, parecia um fim de semana de corrida. Muita gente veio falar comigo, me contando que assistia às corridas do meu avô. Ele tem muitos fãs aqui nos EUA. Emocionalmente vai ser incrível, é um sonho fazer as 500 milhas. Não é fácil guiar um carro a 230 milhas por hora (370 km/h) naquela pista de Indianápolis, vai ser uma grande experiência frisa Pietro.

Avô mostrou o caminho das pedras


Bicampeão mundial de Fórmula 1, Emerson foi o grande responsável pela migração dos carros de turismo para os monopostos, quando seu neto ainda era um garoto. Campeão de uma divisão regional da Nascar aos 15 anos, Pietro deixou os Estados Unidos rumo à Europa em 2013, e desde então construiu um bom currículo em categorias de fórmula. Foi campeão da F-Renault Britânica, do torneio de Fórmula 3 MRF Challenge, e faturou a Fórmula V8 no ano passado. Como prêmio, testou o protótipo da Porsche que faturou o Mundial de Endurance naquela temporada, além de experimentar o carro de Fórmula E da Jaguar no começo de 2018. A rápida adaptação aos diferentes equipamentos mexeu com o orgulho do avô.

- O pai ou o avô sempre falam que o garoto é o melhor do mundo, mas eu queria ver os números. Porque números não mentem. Pietro no ano passado fez dez poles, ganhou o campeonato. Depois, quando testou o Porsche, foi o mais rápido. Um carro que é quase tão rápido quanto um F1, todo mundo ficou impressionado. Aí foi convidado para testar o Jaguar da Formula E, e só não foi mais rápido porque um cara cortou uma chicane. Agora, na Indy, eu vejo o Pietro com uma vantagem, porque ele correu dois anos e meio em ovais, já tem uma experiência. Já “arrastou a orelha” no muro muitas vezes brinca o avô coruja.

Dinastia Fittipaldi na Indy


Com a chegada de Pietro à Fórmula Indy, será a terceira vez que a família Fittipaldi terá um representante no grid. Emerson, que correu nos Estados Unidos entre 1984 e 1996, foi o pioneiro. Mas seu sobrinho Christian (filho de Wilsinho Fittipaldi) também competiu na categoria, de 1995 a 2002, sendo o segundo colocado nas 500 Milhas de Indianápolis em seu ano de estreia.

A temporada 2018 da Fórmula Indy começará no dia 11 de março, no circuito de rua de St. Petersburg, na Flórida. A estreia de Pietro Fittipaldi no campeonato está prevista para a etapa do dia 7 de abril, no oval de Phoenix. Dos quatro brasileiros na temporada da Fómula Indy 2018, apenas dois vão disputar todas as 17 provas do ano: Matheus Leist e Tony Kanaan, que serão companheiros na equipe Foyt. Hélio Castroneves vai disputar apenas as 500 Milhas de Indianápolis pela Penske.
Fonte : ge

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